sábado, 15 de outubro de 2011




O apressado come cru (ou nem come)



Mais um final de semana sozinha, depois de longos finais de semana acompanhada. É estranho voltar ao mundo encantado das baladas quando se experimentou por mt tempo a vidinha de estar com alguém. Só sei de uma coisa: eu to rodada esse ano. Perdi literalmente as contas e nem me lembro os nomes. Só sei que to rodadinha.
E no meio dessa putaria sadia toda, dois nomes eu não me esqueço: o Milico e o Doutor Gordinho. E porque me lembro desses dois? Porque fiquei enlouquecidamente apaixonada??? Não... É que um influenciou no outro. Vamos ao flashback!!!

O MILICO


Conheci numa balada. Estava lá um grupo de militares e um deles, bebadaço, veio falar comigo. Eu que não sou grossa nem com uma pomba na pracinha, bati papo com o bebum. Papo vai, papo vem, eis que o bebum quis apresentar um amigo pra minha amiga: o Milico. Porém, Milico nem deu bola pra gente. Eu, extremamente bebum também fui dar uma volta, dancei, beijei dois, bebi mais até que lá pelas 3 da madruga, eis que surge o Milico atrás da gente (na verdade, atrás de mim). Em suma: ficamos. E confesso: não sou santa. Não sei ficar estilo Sandy (antes da Playboy, claro)
Então, ficamos e no fim da noite o cara queria que eu saísse do lugar com ele. Não fui. Me procurou no dia seguinte para um cinema, mas viajei pra uma exposição. Mandou torpedo no domingo e eu só vi na segunda. Enfim, desencontros. Um mês depois, o Milico me liga e marcamos de sair. Na minha cabeça era só uma saidinha, um barzinho, mas confesso que fiquei encantada pelo jeito dele, por ele estudar pra concursos também, já ter um emprego garantido. A ideia de um possível namoro passou pela minha cabeça e a semana antes do encontro foi moldurada por flores e corações mentais. Já me via namorando o rapaz!!!! E era paixão? Por ele? Não! Mas, pela ideia de estar com alguém legal, “namorável”, era sim!
Trocamos e-mails, nos falamos por telefone, até chegar sexta feira. Porém, eu só tinha um pensamento na cabeça: não transar com ele. E isso não é por nenhum puritanismo ou por táticas femininas pra se prender um homem. Nada disso. A questão era biológica. Eu simplesmente não podia porque sou encucada com essas coisas. Meu ciclo estava todo irregular. Eu não tomava remédio há 3 meses e, pra completar, havia ingerido 2 pílulas do dia seguinte nos meses anteriores. E se a merda da camisinha furasse? Definitivamente, não valia a pena. Então, saí lindíssima, porém, com calcinha da vovó e feito um pacote bombril por baixo dela. Isso tudo pra realmente nem cogitar a hipótese de partir do barzinho pra um motel.
Ele me buscou. Conversamos muito pelo meio do caminho e já no carro eu ouvi a seguinte frase: “ estou investindo tudo que posso em Roraima (era verdade porque eu já havia pesquisado sobre ele) e pretendo ir embora pra lá. Acho que por isso ainda não me apeguei a ninguém por aqui”. Pronto, minha escultura de areia a la Tonho da Lua foi destruída cruelmente, tal como as pisadas de Raquel, a gêmea má. Frustrada, eu não quis estragar a noite e entrei no clima.
Só que algo estranho aconteceu. Aliás, estranho não, bizarro, porque já estou bem grandinha e já passei por muita coisa, já me envolvi com bastante gente pra chegar numa fase da vida e me fazer de histérica. Bom, eu bebi 2 copos de vinho. 2. Fico alegre muito rápido, mas nunca aconteceu de perder a consciência das coisas. No máximo, um mal estar, mas deixar de saber o que to fazendo e o porquê, isso nunca. E ai rolou algo estranho. Fui ao banheiro, sentei pra ver um show de stand up, bebi mais um cálice e..... não sei como saí do bar....não me lembro de entrar no carro.... não vi o caminho pelo qual passei... NÃO SEI COMO EU CHEGUEI AO MOTEL. É exatamente isso, desse jeito, sem histeria alguma. Eu penso que quando fazemos algo porque queremos, não devemos jamais esperar flores no dia seguinte. Se rolar, rolou quando há dois adultos no meio e não criançolas. Agora, eu ir pra um lugar e ter só relances, flashes do momento, é muito estranho. Só me lembro de flashes. Sei que rolou coisas que eu nunca tinha feito na vida e que ficamos 4 horas lá, pelo horário que saímos. Sei que ele me levou pra banheiro e me aconselhou a dormir pra melhorar. De fato, peguei no sono e acordei melhor. A conclusão que tiro: ou o vinho era mt porreta ou caí no famoso golpe do boa noite cinderela. O fato é que camisinha ele usou, mas e a minha nóia? E minha cabeça? Lá fui eu no dia seguinte tomar a bomba do pozato novamente. E ai entra o Doutor Gordinho e o inferno astral dos últimos meses.


O DOUTOR

Conheci Doutor  no mesmo lugar em que fiquei com Milico. Eu há havia tido sangramento por conta da pílula, mas o ciclo permanecia desregulado e eu sem tomar meu anticoncepcional, aguardando o próximo mês.
Dr.  era um estudante de Medicina, um pouco mais novo que eu. Eu estava morta de cansada, com os pés hiper doloridos e resolvi sentar ao lado dele. Sou o tipo de pessoa que puxo assunto até com cachorro em meio fio. Não iria puxar com ele porque? Conversamos pra caramba. Ele não era feio e bom de papo. Dali pra ficar foi um pulo. O irônico foi saber mais tarde que ele jurava que sentei ali para paquerá-lo. Toda simpática é mal interpretada mesmo.
Naquele dia, ele tentou sair de lá comigo e ooooobvioooo que não fui. É regra minha e dá licença. Não quero aparecer no Datena, jogada num matagal nemm morta. Bom, o dito cujo só foi me procurar na segunda feira e começamos a nos falar todos os dias por telefone. Ele ligava pra minha casa, ou entrava no MSN. Uma fofura, tanto que marquei de sair na sexta seguinte. Fomos a um barzinho. No fim de noite, ele tentou ir pra um motel. Não fui, mas confesso que provoquei o menino horrores no carro e me mandei. Sábado, saímos de novo. Fomos ao um show. Novamente, ele me chamou pro motel e eu não fui. Confesso que eu queria, mas na nóia que eu me encontrava o troço não ia fluir nunca e como contar isso pra um cara que vc acabou de conhecer?
Semana seguinte, ele me convidou pra um jantar romântico na casa dele, na sexta. Não fui. Ficamos sem nos ver por 15 dias pois ele foi pro Rock in Rio, mas não deixamos de nos falar. No final de semana seguinte, nos encontramos na sexta e ali o troço foi tenso. Início de noite maravilhoso, meio também, mas o final, punk de tudo. O menino surtou quando eu disse que não ia transar com ele aquele dia. Foi extremamente indelicado. Me deixou em casa de cara feia, dizendo que eu estava de sacanagem com ele e marcou de sairmos no sábado. Naquele dia, pensei em não ir mais porque eu já sabia que enquanto eu não voltasse a me sentir segura, precavida, nada iria rolar e também não fazia sentido cobrar paciência de alguém que eu mal conhecia, muito menos falar do real motivo da minha negação. Nos vimos no sábado, rolou sexo oral dentro do carro e a semana seguinte desenrolou com contatos dele. Um mês saindo juntos e nos falando direto. Até cinema na sexta passada rolou. Até que no sábado, o cara me liga perguntando se podia me pegar dez horas, pois ele tinha plantão cedinho no dia seguinte. Então, perguntei: vamos pra onde? E ele respondeu: ué.... eu pensei que já estava combinado, vc sabe que trabalho amanha cedo. Em suma, ele queria uma rapidinha e tchau. Eu fui direta, perguntei se não rolaria nem um barzinho antes e, contrariado ele disse que sim, tudo bem.
Bom, abrindo um parenteses. Eu ia dar pro cara ou ia enrolar de novo? Sinceramente? Ele tinha 80 por centro de chances de me traçar aquela noite, de verdade, mas me jogou um balde de agua fria. Burrooo, mil vezes burrooo. Homem burro tem que pastar. Como o cara busca uma garota que sai com ele há um mês direto pro tchacka tchacka? Eu não esperava pedido de namoro, muito menos buque de flores, mas o minimo de gentileza e de pilequinho antecipado, é claro que sim.
Quando deu nove horas, mandei um torpedo pro moço. Eu disse que estava me sentindo pouco a vontade com a situação e que estava sendo companhia vazia pra ele, que ele estava perdendo tempo comigo e eu não iria mais. Juro que eu esperei uma resposta do tipo: que isso fulana, não quero só isso não (eu saberia que era mentira, mas naquele momento era pra mentir nê????). A resposta que ele me mandou foi um sonoro e curto: OK. Até agora, estou com certo trauma dessas duas letrinhas. OK... Simples assim. Nenhum telefonema mais, nunca mais no MSN. Assim terminou mais um história com alguém namorável.
E isso tudo me gerou um questionamento: será que os homens se aproximam inicialment da gente só pra transar? E se era só isso, como ele demonstrou, porque sair comigo então por um mês, havendo tantas mulheres por ai, mais fáceis. Não entendo o porque desse desgaste. A não ser que ele tenha dificuldades pra arrumar mulher, porque não sou nenhuma miss brasil.
Confesso que to cansada de tentar. De verdade. Não acho nada de errado um cara querer só sexo com a gente. Tenho senso critico e sei que provoco muito t e ninguém aguenta isso. Porém, mesmo assim, eu fui feita pra namorar. Balada me cansa, pular de galho em galho também.
Estou chegando a um ponto de me ver tal como BRIDGET JONES no início do filme: morta, sozinha em casa, sendo comida pelo Eros, ao som de Celine Dion..... tenso... tenso.....Lembrando do filme, tá dando até vontade de começar a fumar tb....

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