sábado, 29 de outubro de 2011

E viva o progresso


Nunca acessei internet via Wirelles. Nesse apartamento novo de meus pais, aqui em JF, tenho feito isso há um mês. Sinto-me uma garotinha descobrindo algo incrível, maravilhada por uma novidade nem tão nova assim. E por estar tão abobada, nem consigo ter raiva da lerdeza da conexão. Costumo dizer que só acredito e acho bom o que eu pago, mas nesse caso, nem to reclamando.

Não consigo, desde os 18 anos, viver sem internet e, depois que surgiram essas redes sociais, através das quais é possível acompanhar a vida do outro (o que desperta infinitos sentimentos dentre os quais a inveja se sobressai em mim), é possível interagir, se informar. Na época em que vivi em Petrópolis, a net era minha grande companhia. Quanta solidão eu coloquei num bauzinho ao conversar com amigos de tão longe..... Se bem que agora, pensando bem, em Petrópolis eu não escrevia quase nada no blog. Aliás, nada. Acho que minha vida era vazia de tudo por lá, tudo mesmo. Até os sentimentos ruins, as decepções preenchem o nosso dia a dia de vida. Lá, o que eu fiz? Construí uma relação de amizade com a, até então colega de trabalho. Não que uma relação de amizade seja pouca coisa, ledo engano. Mas, além disso, mais nada se deu na minha vidinha... Minto, se deu sim... a famigerada Fascite Plantar nos dois pés, que veio a desencadear minha mudança, minha transferências e meus problemas e traumas futuros... Não quero falar disso agora. Já pensei demais, já os remoí demais e prefiro falar das consequências. Um dia, faço uma catarse por aqui, mas só se for necessário. De fato, estou bem. Hoje, estou bem. Muito mais dura, muito mais descrente, só que to por ai...

Bom, hoje, malhando na academia aqui do prédio dos meus pais, levei um dos meus livros prediletos pra ler: Comer, Rezar, Amar. Eu gosto do modo como Elizabeth Gilbert escreve. Se bem que, eu gosto do modo como o que Elizabeth Gilbert escreveu foi traduzido. Acho simples. Esse é o termo. E, assim, primeiro eu vi o filme. Fiquei tão brava quando várias amigas me disseram achar o filme chato. Caramba, eu devo ser do contra mesmo. Achei tudo lindo... a música então... Na verdade, houve da minha parte uma identificação total com a personagem e uma vontade imensa de fazer como ela: largar tudo e correr atrás da felicidade. A Itália... ahhh, a bela Itália que sonho conhecer desde criança estava lá, no filme. Tinha como eu não amar? E não foi diferente com o livro. Temi que fosse porque ou eu me apaixono pelo autor ou largo de lado. Não sou dessas que adora mostrar intelectualismo barato, que acha que citar grandes obras faz de mim alguém culta e refinada. Pelo contrário, eu idolatro Freud, Saramago, Quintana.... e da mesma forma como me faz bem ler Dan Brown!!! Seria diferente com Liz Gilbert e suas questões do universo feminino? Jamais. Falando nisso, preciso terminar de ler esse livro porque comprei Canalha!, de Carpinejar. A sensação que dá é que o cara observa o mundo e vai lá e pum: coloca no papel. Quando leio algo dele, me sinto observando o mundo, sentada no banquinho de uma praça. Enfim, só me lembrei dele porque outro dia, fuçando pelos blogs da web, dei de cara com o blog dele. “ Caraca”... pensei... “ele existe”. Até postei um comentário. Nem sei se foi salvo porque tentei me inscrever como seguidora, mas não consegui. Me enrolo nessa net. Continuo seguindo pelos poemas, mas agora sabendo que ele existe sim!!!

E voltando para a não menos apaixonante Liz Gilbert (apesar da minha franca preferencia pelos homens ) vou transcrever um trecho do livro que achei muito bonito:


“ Sinto que o destino também é um relacionamento- uma interação entre a graça divina e o esforço pessoal direcionado. Sobre metade dele você não tem o menor controle; a outra metade está completamente nas suas mãos e as suas ações terão consequencias perceptiveis. O homem não é nem uma marionete dos deuses e nem tampouco é senhor do seu próprio destino; ele é um pouco de ambos. Galopamos pela vida como artistas de circo, equilibrados em dois cavalos que correm lado a lado a toda velocidade-com um pé sobre o cavalo chamado destino, e o outro sobre o cavalo chamado “livre-arbítrio”. E a pergunta que voce precisa fazer todos os dias é: qual dos cavalos é qual? Com qual cavalo devo parar de me preocupar, porque ele não está sob meu controle, e qual deles preciso guiar com esforço concentrado”



Eu vou pra Recife. Uma decisão interna. E vou sozinha. Estou numa condição assim no momento: solitária. Vou precisar disso e já defini: Roma está na minha rota em março. Ou não.... no momento, só me resta no caminho o Carrefour pra abastecer a casa pq ando vivendo de poesias , vento e água.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Jesus apaga a luz heim!!! e o Luciano do Zezé di Camargo????  Porque a palavrinha Marketing não sai da minha cabeça? Não sei......

Meu dia!!!!!

Sou uma sujeitinha implicante. E não digo isso fazendo mea culpa. Falo pq não me incomoda. Sou e ponto. E algo me irrita muito:  erros de Português. Não os meus, looogico. Os erros dos outros. Tudo que costumo escrever, eu não leio depois, exceto no serviço mas,  capaz que vou reparar nas minhas derrapadas. Eu não erro, no máximo, uso linguagem coloquial e licenças poéticas!!! Mas, copiar o nome da eterna Lispector com dois " ss" foi um pouco demais. Foi o sono.... (rs).  Enfim... passou, passou.





           E hoje, dia 28 de outubro é dia do Funcionário Público. Ah, como costuma me dar prazer em repetir isso pra mim e para os outros: é meu dia!! hello, sou servidora pública e federal. É algo que de fato me  dá orgulho de dizer porque foi um processo difícil na minha vida e suado. Eu saí de um trabalho frustrado como autônoma e tive medo de ficar frustrada, arrependida, mas não. Engraçado, eu tenho prazer em atender as pessoas, eu gosto de tratar bem, de conversar. Dificil alguém sair da minha mesa insatisfeito e até pros mais turrões, um sorriso sempre quebra o mal humor ou o medo de ser mal atendido. Minha arma: o sorriso, sempre.
         Ando acostumada a ouvir elogios de contribuintes onde trabalho. E isso chega a ser contraditório, pois ninguém entra feliz na Receita Federal. Pelo contrário, o normal é o sujeito chegar lá fulo da vida até com a progenitora. Então, eu sempre vou trabalhar preparada pra infortúnios, pra reclamações. Antes de alguém entrar, já espero grosserias e o que vier é lucro. Só o retorno do que faço tem sido positivo e o não constante é justamente o contrário: a famosa grosseria, o famoso piti!!
         Como me assusto com pitis. Dói. Eu levo pra casa, penso, fico remoendo cada fala, cada expressão facial. Fico pensando nas respostas que eu poderia ter dado. Revivencio o momento, de uma forma em que eu viro She-ha e reverto tudo a meu favor. Em suma, me desgasto e perco um dia. Não devia ser assim.
         Vou contar o que ocorreu anteontem e que terminou em grosseria. Eu trabalho com empresas. Analiso alterações contratuais, baixas, aberturas, etc etc etc. Lido muito com contadores e todos me conhecem, afinal, se trata de uma cidade pequena. Quando há erros, apontados em um manual de trabalho interno, eu indefiro, recuso o documento apresentado por eles. E ai começa a dor de cabeça. Quem é professor, deve saber me responder melhor, porque como psicóloga, eu ainda não encontrei respostas: porque o ser humano tem tanta dificuldade em ser corrigido, em concordar que errou? Isso tem sido uma constante no meu trabalho e sempre que indefiro algo, fico tensa, esperando reações nada racionais, principalmente das mulheres (porque, desculpem-me as da mesma categoria, mas os homens são mais fáceis de se lidar e não vou entrar nesse mérito agora). E lá veio o piti da contadora...
       Primeiro, ela me liga em pleno horário de atendimento ao publico. EU NAO PARO....HELLO...EU NÃO PARO! Há no Brasil, e isso não é a toa, uma idéia de que funcionário público não trabalha. Cacete, eu não paro da hora que chego até a hora que saio. Bom, óbvio que não atendi e não atendo. Prioridade pra mim é quem está na minha mesa, quem pegou senha. Fim do expediente, eu com a bolsa nos ombros...a dita cuja liga. Expliquei o que havia acontecido, frisei que já estava indo embora e a danada querendo discutir. Propus a ela que me ligasse hj, a partir das 9 horas porque eu nao tinha o documento em mãos (como se eu trabalhasse só o dela) e que analisando o que eu tinha feito seria mais correto para dar um retorno. Chegou o dia de ontem! A bonita me manda uma funcionária, alías, muito simpática, pegar informação. Eu mostro o documento pra menina, aponto onde estava o erro e dou por encerrado meu trabalho. Mas, quem me liga??? Quem não se deu por convencida? A contadora. E liga no horário do expediente.... e acha ruim por eu não atender ( sendo que eu nem sabia que ela havia ligado heim....quem atendeu foi colega que me via ocupada...ou seja, alguém de BOM SENSO... homem....(rssss.. não me atirem pedras, meninas). Dá 15 horas em ponto, e ela liga de novo:
         Agora, td que eu disser e relatar, faz parte de momentos veridicos, mas da forma que eu registrei. ps: Sou imparcial, msm sendo algo que me deixou muiiiito puta, da vida, claro. E só pra ilustrar: ela sempre foi muito educada comigo. De verdade e não estou sendo ironica.
          Contadora: Carol, boa tarde.. É a fulana, vc tá podendo falar agora (já com tom sério)
          Funcionária relapsa: Olá fulana, boa tarde. Sim, já posso atender, terminou o atendimento ao público.
          Contadora: então Carol, é muiiiiito difícil falar contigo e eu estou com pressa, tem cliente em cima de mim cobrando...
          Funcionaria relapsa: eu posso te ajudar em que fulana? estou com o seu documento em mãos.
          Contadora nervosa: vc indeferiu o documento, mandou esse papel aqui pra mim e não sei o motivo. O selo foi .... (confesso que não entendi nada do que ela falou e nem sequer consigo reproduzir)
          Funcionária já puta, mas puta estilo Hilda Furacão: Fulana, seu documento foi indeferido porque a data que vc informou no meu sistema não foi a data do registro do ato na Junta Comercial, e sim a data do arquivamento.
         Contadora falando alto: um selo sobrepoe o outro, nao tem nada errado!!!!!!!
         Funcionária estilo Sandy&Junior: Não fulana, a data que eu considero e que meu manual interno pede é a data do registro. É só vc corrigir e mandar novamente, só isso.
         Contadora Suzana Vieira: Olha aqui, eu já trabalho nisso há 8 anos ( e eu com isso) e agora eu quero saber como eu faço nos documentos futuros... nao, porque agora eu to perdida, ja nem sei mais o que fazer..pq nao sei o que vc vai querer ou nao... me ensina a trabalhar Carol!!!!! (nuuuuuuuuu)
        Funcionária Comer, rezar e amar: Fulana, não vamos falar de futuro mesmo porque eu não posso interferir e nem dar instruções pro seu trabalho. Esse documento já foi indeferido e basta vc fazer um outro com a data do registro. Ponto.
       Contadora.....: olha Carol, mt obrigada pela sua boa vontade ta???? Eu em 8 anos (ela repetiu isso) nunca me indispus com ninguem ai, mas nunca mais, nunca nunca nunca nunca mais (juro que ela falou isso td ai) vou ligar pra te amolar, pra te atrapalhar no seu serviço tao importante ta?
       EU, CAROLINE: Ok, fulana. Altere a data e encaminhe pra gente o documento. Estou a sua disposição aqui na RFB para o que precisar... e desliguei.
      CATARSSSSSSSSSSSE NO TELEFONE. Mereço isso??? Devo merecer, como diria minha mãe, sei lá o que eu fui em outra vida. Agora, ve se pode? Eu desliguei o telefone assim, tentando entender a situaçao, o que desencadeou aquele animalismo todo. O tom de voz agressivo, a voz alta, o telefone desligado na minha cara? Qual a real motivação uma vez que de fato ela estava errada. Alguma tinha, e eu desconfio apenas....
      E pra terminar o dia, eis que ela me liga de novo. Pediu perdão. Disse que jamais deveria ter falado assim comigo, pois sempre fui educada e solicita, só que ela estava passando por problemas e havia descontado em mim. Encerrei o assunto e desliguei.
       Bom, o que fica disso tudo: eu nao sou amiga intima pra ela despejar algo em mim. Fica nitido o incomodo pelo fato de lidar com alguem no meu cargo e outras questoes particulares que nem me interessam. Mas, dessa forma, a partir dessa situaçao eu conheci a verdadeira fulana, como tenho conhecido de fato tantas outras pessoas pelo caminho....
        Agora que nem sei o que escrevi e o porque cheguei aqui, não vai haver finalizaçao, porque to com preguiça de ler isso tudo. Porém, posso dizer o seguinte: fale um não pra alguém que sorri pra vc.. Negue algo a alguém que te trata gentilmente. Voce conhecerá o que realmente essa pessoa sente e pensa de vc....

Vou faxinar minha casa agora, porque amanhã é dia de JF!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011



Moça, Olha só, o que eu te escrevi


É preciso força pra sonhar e perceber

Que a estrada vai além do que se vê



Sei, que a tua solidão me dói

E que é difícil ser feliz

Mais do que somos todos nós

Você supõe o céu

Sei, que o vento que entortou a flor

Passou também por nosso lar

E foi você quem desviou

Com golpes de pincel



Eu sei, é o amor que ninguém mais vê

Deixa eu ver a moça

Toma o teu, voa mais

Que o bloco da família vai atrás



Põe mais um na mesa de jantar

Porque hoje eu vou "praí" te ver

E tira o som dessa TV

Pra gente conversar

Diz pro bambo usar o violão

Pede pro Tico me esperar

E avisa que eu só vou chegar

No último vagão



É bom te ver sorrir

Deixa eu ver à moça

Que eu também vou atrás

E a banda diz: - assim é que se faz


LOS HERMANOS

quarta-feira, 26 de outubro de 2011



Da inveja



Ontem tive uma briga pelo telefone com minha mãe. Mais uma de tantas outras mil brigas. E o assunto sempre se repete: meu irmão.... Penso que todo homem adulto é o produto criado pelas mães. Há homens que literalmente se colocam numa posição totalmente Peter Pan diante da vida que acabam dando em merdas. E as culpadas disso tudo, são elas, as mães edipianas. Estou sendo cruel com essa categoria? Creio que sim, porque todo ato de amor deve ser entendido. Criar um filho é um ato de amor, só que como se cria pro mundo, este mundo julgará os bebês dessas Jocastas. Eu julgo o bebê lá de casa



Ela veio me contar mais uma das grosserias do meninão de 30 anos: se recusou de levar minha tia em casa porque “tinha” que ir na academia malhar os braços e esquecer das pernas de bambu (estou com raiva e me coloco no direito de colocar dedinhos nas feridas) E ai, feito um Pedro Bó, perguntei: e você mãe, o que fez? E veio a resposta que parece decorada desde a concepção do dito cujo: ahh, eu xinguei muito. Ele nem pega mais no carro. ..



Foi ai que eu explodi. Misturei assuntos, fiz grosserias. Comparei a minha vida com a dele. Usei argumentos altamente feministas e histéricos dramáticos, como se eu fosse a filha mais perfeita do mundo que pagasse um preço por se lançar ao mundo pra viver. E depois de desligar o telefone, e fazer uma análise de todos esses anos de incomodo, eu cheguei a uma conclusão muito óbvia: sinto inveja do meu irmão. Muita inveja.



E porque? Porque ele vive. Meu irmão não tem compromissos com contas a pagar, cria o filho dele como se fosse um irmãozinho mais novo, sai gastando 200 contos de uísque por noite, tem muitos amigos, malha todos os dias , trabalha no escritório do meu pai, sem custo algum e eu?



Sempre me incomodei com a posição de dependencia em relação aos meus pais. Durante a faculdade, isso foi uma constante na minha vida. Dependia totalmente e nunca lidei bem com isso. Rotineiramente o sentimento era de vergonha. E vi no mundo dos concursos a chance de sair desse ciclo vicioso, de ser adulta de verdade. Saí de casa, mudei de cidade, sofri e sofro pra caramba pra me adaptar à solidão diária. Mas, isso tudo foi opção minha. Ponto. Eu poderia continuar com meu consultorio, pago pelo meu pai. Continuar naquele apartamento, dormindo até as 11 horas. Ir para minha academia preferida todas as noites. Sair com minhas amigas e possivelmente arrumar um namorado numa balada qualquer. Só que eu não quis. Eu rompi com esse vinculo sufocante e, contraditoriamente, sofro pelas consequencias desse rompimento. Estou solitária. Então, quando penso que meu irmão fez exatamente o contrário de mim eu percebo a inveja.



De fato, invejo a coragem do meu irmão de permanecer no ostracismo e ligar o dane-se pro que falam dele. Para ele, a vida é o aqui agora. Futuro não existe.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Minhas Verdades: Flores de uma primavera tão sonhada

Esse moço é um talento mesmo, como pessoa e como artista!! Ainda vale a pena estar nesse mundo, creiam...


Minhas Verdades: Flores de uma primavera tão sonhada: Nossas histórias não são pra embalar mocinho Nem pra fazer rir a Casa Grande Nossos corpos não padeceram ao léu, Eles serão exaltados nas...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Horário de almoço, entro no elevador do meu prédio e dou de cara com o vizinho do andar de cima. Vez ou outra encontro com ele e mais um senhor. São dois senhores na verdade. Mas, sabe aquele senhor garotão, charmoso? Hoje eu reparei nisso. Entrei, ele me olhou e ferrou: despertou em mim um troço danado. O meliante ouvia seu mp3, uma musica alta, ótima por sinal. Bateu uma atração do caramba que to pensando nele até agora. Aflorou minha libido essa “viagem” pelo elevador hoje. Ai, ai...... ahhh se eu não fosse tímida...



E lá vem Hugo Chávez despejar baboseiras novamente: dizer que Kadhafi será lembrado como mártir. Esse encosto venezuelano deveria cuidar da saúde, isso sim. A queda de Kadhafi, mais leve nomear assim,  representa a chance de um futuro democrático para a Libia... A chance já é muita coisa...





Acordar de bom humor



Seis horas da manhã..às vezes, cinco e meia... Têm sido as horas em que acordo nas últimas duas semanas. Tudo por um objetivo que tomou conta da minha mente: ganhar mais e permanecer o serviço público, pois não tenho saúde mental pra retornar pra iniciativa privada. Confesso: ser determinada assim tem sido cansativo. Essa decisão toda implica voltar ao ostracismo de uns anos atrás. Hoje, balzaquiana, penso nos anos que perdi investindo no futuro...nesse futuro que hoje me encontro, visualizado com tantos sonhos há anos atrás, hoje ardentemente querendo ser abandonado por outro sonho de futuro melhor. Eu preciso ser feliz e isso só vou conseguir em outro lugar. Talvez essa decisão de sair daqui cave de vez minha sepultura, mas preciso sonhar, ter esperança de algo melhor. É a eterna esperança que move a gente....



E voltando a esse mundo de blog, tenho lido muitos por essa rede! E uma coisa me chamou atenção. As pessoas deixam de postar e quando voltam, se justificam da ausencia. Eu mesma, acho bem que fiz isso. E o mais interessante: elas voltam sofrendo. Sempre há algo de triste sendo contado nessa volta. É a necessidade que temos de desabafar, despejar sem ser julgado. Sinto isso aqui como um divã de analista, onde podemos fazer associações livres sem culpas, sem censura. É gostoso ler porque pude perceber que os assuntos se repetem, os sofrimentos são comuns. Somos iguais, gente, apesar de todas as diferenças....somos todos iguais....
















quarta-feira, 19 de outubro de 2011

E o Flamengo hoje??? Assim, eu tenho um sério problema de caráter. Odeio gente burra, detesto fracassados e me afasto mesmo, sem pena e sem dó. O que dizer de um time que só anda fazendo vexame? Vou usar meu mau caratismo e deixar de torcer pelo Flamengo.





Eu me incomodo muito com a porra da falta de educação. É algo que me tira tanto do sério que às vezes penso: será que sou anti-social? Acho que sim. Caramba, eu almoço em comida a quilo quando estou muito cansada. Cá pra nós, é bem chato cozinhar pra si mesmo, não é verdade? Chega a ser brochante. Enfim, fui hoje numa comida a quilo e coloquei no meu prato salada e um filé de peixe. O suficiente pra mim, o que eu gosto de comer e queria comer. Dai, me deparo com uma conhecida que diz: “cruzei contigo no shopping e tava olhando seu prato. Você come só aquilo???”. Olhei pra ela e apenas sorri. Mentalmente, eu a respondi assim: “é, como só isso! Por isso eu não sou gorda como você. Aliás, eu nunca olhei para seu prato”.




Que coisa. Será normal olhar pro prato dos outros na comida a quilo? Acho que vou começar a exercer essa atividade visual.



Ando grossa.... isso é falta de homem..isso é falta de dar.


Mulher de 30: Teclando com gatinho mais novo no bate-papo

Hoje estou achando casa coisa mara por aqui!!

Mulher de 30: Teclando com gatinho mais novo no bate-papo

Puxa cachorra!: Sina de Cecília - nova versão

Cai nesse blog e não consegui parar de ler. Mistura de "espirito de porco" com inteligência. Se bem que pra mim, todo espírito de porco é muito inteligente!!


Puxa cachorra!: Sina de Cecília - nova versão: Para você ligado no Puxa!, falamos ao vivo da segunda-feira, quando apresentamos a nova versão das tirinhas de A Sina de Cecília . Depois ...

sábado, 15 de outubro de 2011




O apressado come cru (ou nem come)



Mais um final de semana sozinha, depois de longos finais de semana acompanhada. É estranho voltar ao mundo encantado das baladas quando se experimentou por mt tempo a vidinha de estar com alguém. Só sei de uma coisa: eu to rodada esse ano. Perdi literalmente as contas e nem me lembro os nomes. Só sei que to rodadinha.
E no meio dessa putaria sadia toda, dois nomes eu não me esqueço: o Milico e o Doutor Gordinho. E porque me lembro desses dois? Porque fiquei enlouquecidamente apaixonada??? Não... É que um influenciou no outro. Vamos ao flashback!!!

O MILICO


Conheci numa balada. Estava lá um grupo de militares e um deles, bebadaço, veio falar comigo. Eu que não sou grossa nem com uma pomba na pracinha, bati papo com o bebum. Papo vai, papo vem, eis que o bebum quis apresentar um amigo pra minha amiga: o Milico. Porém, Milico nem deu bola pra gente. Eu, extremamente bebum também fui dar uma volta, dancei, beijei dois, bebi mais até que lá pelas 3 da madruga, eis que surge o Milico atrás da gente (na verdade, atrás de mim). Em suma: ficamos. E confesso: não sou santa. Não sei ficar estilo Sandy (antes da Playboy, claro)
Então, ficamos e no fim da noite o cara queria que eu saísse do lugar com ele. Não fui. Me procurou no dia seguinte para um cinema, mas viajei pra uma exposição. Mandou torpedo no domingo e eu só vi na segunda. Enfim, desencontros. Um mês depois, o Milico me liga e marcamos de sair. Na minha cabeça era só uma saidinha, um barzinho, mas confesso que fiquei encantada pelo jeito dele, por ele estudar pra concursos também, já ter um emprego garantido. A ideia de um possível namoro passou pela minha cabeça e a semana antes do encontro foi moldurada por flores e corações mentais. Já me via namorando o rapaz!!!! E era paixão? Por ele? Não! Mas, pela ideia de estar com alguém legal, “namorável”, era sim!
Trocamos e-mails, nos falamos por telefone, até chegar sexta feira. Porém, eu só tinha um pensamento na cabeça: não transar com ele. E isso não é por nenhum puritanismo ou por táticas femininas pra se prender um homem. Nada disso. A questão era biológica. Eu simplesmente não podia porque sou encucada com essas coisas. Meu ciclo estava todo irregular. Eu não tomava remédio há 3 meses e, pra completar, havia ingerido 2 pílulas do dia seguinte nos meses anteriores. E se a merda da camisinha furasse? Definitivamente, não valia a pena. Então, saí lindíssima, porém, com calcinha da vovó e feito um pacote bombril por baixo dela. Isso tudo pra realmente nem cogitar a hipótese de partir do barzinho pra um motel.
Ele me buscou. Conversamos muito pelo meio do caminho e já no carro eu ouvi a seguinte frase: “ estou investindo tudo que posso em Roraima (era verdade porque eu já havia pesquisado sobre ele) e pretendo ir embora pra lá. Acho que por isso ainda não me apeguei a ninguém por aqui”. Pronto, minha escultura de areia a la Tonho da Lua foi destruída cruelmente, tal como as pisadas de Raquel, a gêmea má. Frustrada, eu não quis estragar a noite e entrei no clima.
Só que algo estranho aconteceu. Aliás, estranho não, bizarro, porque já estou bem grandinha e já passei por muita coisa, já me envolvi com bastante gente pra chegar numa fase da vida e me fazer de histérica. Bom, eu bebi 2 copos de vinho. 2. Fico alegre muito rápido, mas nunca aconteceu de perder a consciência das coisas. No máximo, um mal estar, mas deixar de saber o que to fazendo e o porquê, isso nunca. E ai rolou algo estranho. Fui ao banheiro, sentei pra ver um show de stand up, bebi mais um cálice e..... não sei como saí do bar....não me lembro de entrar no carro.... não vi o caminho pelo qual passei... NÃO SEI COMO EU CHEGUEI AO MOTEL. É exatamente isso, desse jeito, sem histeria alguma. Eu penso que quando fazemos algo porque queremos, não devemos jamais esperar flores no dia seguinte. Se rolar, rolou quando há dois adultos no meio e não criançolas. Agora, eu ir pra um lugar e ter só relances, flashes do momento, é muito estranho. Só me lembro de flashes. Sei que rolou coisas que eu nunca tinha feito na vida e que ficamos 4 horas lá, pelo horário que saímos. Sei que ele me levou pra banheiro e me aconselhou a dormir pra melhorar. De fato, peguei no sono e acordei melhor. A conclusão que tiro: ou o vinho era mt porreta ou caí no famoso golpe do boa noite cinderela. O fato é que camisinha ele usou, mas e a minha nóia? E minha cabeça? Lá fui eu no dia seguinte tomar a bomba do pozato novamente. E ai entra o Doutor Gordinho e o inferno astral dos últimos meses.


O DOUTOR

Conheci Doutor  no mesmo lugar em que fiquei com Milico. Eu há havia tido sangramento por conta da pílula, mas o ciclo permanecia desregulado e eu sem tomar meu anticoncepcional, aguardando o próximo mês.
Dr.  era um estudante de Medicina, um pouco mais novo que eu. Eu estava morta de cansada, com os pés hiper doloridos e resolvi sentar ao lado dele. Sou o tipo de pessoa que puxo assunto até com cachorro em meio fio. Não iria puxar com ele porque? Conversamos pra caramba. Ele não era feio e bom de papo. Dali pra ficar foi um pulo. O irônico foi saber mais tarde que ele jurava que sentei ali para paquerá-lo. Toda simpática é mal interpretada mesmo.
Naquele dia, ele tentou sair de lá comigo e ooooobvioooo que não fui. É regra minha e dá licença. Não quero aparecer no Datena, jogada num matagal nemm morta. Bom, o dito cujo só foi me procurar na segunda feira e começamos a nos falar todos os dias por telefone. Ele ligava pra minha casa, ou entrava no MSN. Uma fofura, tanto que marquei de sair na sexta seguinte. Fomos a um barzinho. No fim de noite, ele tentou ir pra um motel. Não fui, mas confesso que provoquei o menino horrores no carro e me mandei. Sábado, saímos de novo. Fomos ao um show. Novamente, ele me chamou pro motel e eu não fui. Confesso que eu queria, mas na nóia que eu me encontrava o troço não ia fluir nunca e como contar isso pra um cara que vc acabou de conhecer?
Semana seguinte, ele me convidou pra um jantar romântico na casa dele, na sexta. Não fui. Ficamos sem nos ver por 15 dias pois ele foi pro Rock in Rio, mas não deixamos de nos falar. No final de semana seguinte, nos encontramos na sexta e ali o troço foi tenso. Início de noite maravilhoso, meio também, mas o final, punk de tudo. O menino surtou quando eu disse que não ia transar com ele aquele dia. Foi extremamente indelicado. Me deixou em casa de cara feia, dizendo que eu estava de sacanagem com ele e marcou de sairmos no sábado. Naquele dia, pensei em não ir mais porque eu já sabia que enquanto eu não voltasse a me sentir segura, precavida, nada iria rolar e também não fazia sentido cobrar paciência de alguém que eu mal conhecia, muito menos falar do real motivo da minha negação. Nos vimos no sábado, rolou sexo oral dentro do carro e a semana seguinte desenrolou com contatos dele. Um mês saindo juntos e nos falando direto. Até cinema na sexta passada rolou. Até que no sábado, o cara me liga perguntando se podia me pegar dez horas, pois ele tinha plantão cedinho no dia seguinte. Então, perguntei: vamos pra onde? E ele respondeu: ué.... eu pensei que já estava combinado, vc sabe que trabalho amanha cedo. Em suma, ele queria uma rapidinha e tchau. Eu fui direta, perguntei se não rolaria nem um barzinho antes e, contrariado ele disse que sim, tudo bem.
Bom, abrindo um parenteses. Eu ia dar pro cara ou ia enrolar de novo? Sinceramente? Ele tinha 80 por centro de chances de me traçar aquela noite, de verdade, mas me jogou um balde de agua fria. Burrooo, mil vezes burrooo. Homem burro tem que pastar. Como o cara busca uma garota que sai com ele há um mês direto pro tchacka tchacka? Eu não esperava pedido de namoro, muito menos buque de flores, mas o minimo de gentileza e de pilequinho antecipado, é claro que sim.
Quando deu nove horas, mandei um torpedo pro moço. Eu disse que estava me sentindo pouco a vontade com a situação e que estava sendo companhia vazia pra ele, que ele estava perdendo tempo comigo e eu não iria mais. Juro que eu esperei uma resposta do tipo: que isso fulana, não quero só isso não (eu saberia que era mentira, mas naquele momento era pra mentir nê????). A resposta que ele me mandou foi um sonoro e curto: OK. Até agora, estou com certo trauma dessas duas letrinhas. OK... Simples assim. Nenhum telefonema mais, nunca mais no MSN. Assim terminou mais um história com alguém namorável.
E isso tudo me gerou um questionamento: será que os homens se aproximam inicialment da gente só pra transar? E se era só isso, como ele demonstrou, porque sair comigo então por um mês, havendo tantas mulheres por ai, mais fáceis. Não entendo o porque desse desgaste. A não ser que ele tenha dificuldades pra arrumar mulher, porque não sou nenhuma miss brasil.
Confesso que to cansada de tentar. De verdade. Não acho nada de errado um cara querer só sexo com a gente. Tenho senso critico e sei que provoco muito t e ninguém aguenta isso. Porém, mesmo assim, eu fui feita pra namorar. Balada me cansa, pular de galho em galho também.
Estou chegando a um ponto de me ver tal como BRIDGET JONES no início do filme: morta, sozinha em casa, sendo comida pelo Eros, ao som de Celine Dion..... tenso... tenso.....Lembrando do filme, tá dando até vontade de começar a fumar tb....

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Situação 1

Vamos lá: na vida, em todos os sentidos, quando começa o seu direito e termina o do outro? Dificílimo o convívio em sociedade quando entra essa questão. Mais difícil ainda é se ela for esquecida no ambiente de trabalho.

Sempre parti de um pressuposto na vida: devemos sempre nos colocar no lugar do outro. Eu tento fazer isso no meu dia a dia e quando vejo alguém ignorando a vida alheia isso me irrita, o que me faz ter a sensação de quem deve mudar nessa história toda sou eu.

Enfim, trabalho. Meses atrás, num dia da semana, atrasei meu horário de almoço para atender todos que esperavam e porque uma colega estava bemmmm atrasada. Atendi, almocei tarde, me chateei, mas eram ossos do ofício. No outro dia, atraso de uma hora e quarenta e cinco minutos da mesma colega. Quase duas da tarde, morando sozinha, com um cachorro pra cuidar, eu saí. Deixei o local sozinho? Não, pois o chefe estava lá, juntamente com 2 funcionários. O mesmo chefe, ao me ver sair, achou descabido e não gostou por ver que optei pela minha necessidade e DIREITO de não ser lesada por falta de responsabilidade dos outros. Saí e eu sabia muito bem que aquilo teria consequências......(e teve).... na avaliação anual. Ossos do ofício.


Situação 2


Dia tranquilo, sem muitas pessoas pra atender. Um colega vira pra mim e diz que sairá mais cedo, as 11 horas. Qual o horário que eu deveria sair? Meio dia (agora começa a entrar o famoso altruísmo- se colocar no lugar do outro). Todos foram almoçar e eu fui ficando. Meio dia..... nada. Meio dia e dez......nada. Meio dia e 30 minutos... NADAAAA. Já tinha atendido todo mundo, estava preocupada com meu cachorro sozinho, sem comer (e mais tarde ainda ouvi um imbecil dizer que era frescura dar comida pro cachorro em horário certo) e nada da colega. Quando deu meio dia e trinta e cinco, eu saí, e com essa atitude eu sabia muito bem o que ia acontecer. Sim, joguei merda no ventilador e estava pronta para as consequencias. E elas vieram.

Resumindo: o chefe chamou atenção de todas as funcionárias. Todas. Correto? Óbvio que sim, e necessário, afinal a vida particular de cada uma alterou algo no ambiente de trabalho. Foi correto me chamar atenção também? Sim, foi. Entretanto, as pessoas misturam muito as coisas e esquecem que há modo e MODO de se falar algo pra alguém.

Quando eu falei que sempre saía naquele horário por conta do meu cachorro, o dito cujo me deu exemplo de um guarda que dormiu aqui, deixando mulher e filha sozinha. HELLO, ora bolas... eu fiz concurso para Vigilante? Não...não fiz. Segunda coisa que me aborreceu. As colegas precisaram atrasar, coitadas. E eu? Até quando eu ficaria a mercê do atraso imprevisível e rotineiro? Terceira coisa gritante e que veio à tona a situação 1: o chefe me dizer: “não é a primeira vez que isso acontece aqui dentro”. Indireta que merecia resposta na ponta da língua, mas tive preguiça intelectual de dá-la. Não merecia.

E O PIOR dos piores: a sensação de que minha vida particular devia estar em segundo plano e a repartição em primeiro lugar. Ai entra a discussão da motivação de se estar aqui. Já falei muito disso no blog e não vou ser repetitiva. Só dá pra dizer: valorização 0,5. só pra não ser injusta.

Aí vem outra questão. Quem é solteira, tem vida menor, menos varolosa que a dos demais? Ser casado é um status e, em contra partida a solteirísse é quase uma lepra?

Então, as coisas estão nesse pé. Não suporto mais ficar nesse ambiente. Um lugar no qual as pessoas discutem por causa de ar condicionado, que colegas descem freneticamente pra fumar e malhar a vida dos outros, em que se uma colega solteira falta, ela pode estar “grávida”, qu se você muda o caminho de trajeto, é porque você dormiu fora de casa. Definitivamente, é um lugarzinho bem insuportável de se ficar. 2011 tem sido de fato um ano difícil em todos os sentidos. Vontade de mandar isso aqui com todo mundo (mentira, todo mundo não) pro saco e direto pro espaço.